Solenidade de Abertura do Eneme e o Encontro dos Militares Estaduais
Na quinta, na Grande Florianópolis, o XI Encontro Nacional de Entidades Militares Estaduais e o V Encontro de Oficiais de Santa Catarina. Cerca de 300 oficiais estiveram reunidos na solenidade, o qual teve como objetivo principal analisar e debater a situação atual e a perspectiva das instituições, estabelecendo linhas de ação que contemplem os anseios da sociedade.
Na solenidade de abertura, o presidente da ACORS, Cel Fred Harry Schauffert, destacou a importância do encontro e dos temas escolhidos para serem debatidos e deliberados de acordo com os conhecimentos que serão obtidos por meio das paletras. “Estamos juntos ajudando a construir a história de Santa Catarina, do Brasil e das instituições militares”.
A opinião foi compartilhada pelo presidente da FENEME, Cel Marlon Jorge Teza, opinando que os eventos servem também para mostrar a força e união da classe para a sociedade. Para ele, as instituições BM e PM foram as que mais se adaptaram com as mudanças ao longo dos anos. “Espero que possamos mostrar a força da oficialidade do País e que possamos um dia representar todos os militares”.
Autoridades
Muitas autoridades prestigiram a solenidade de abertura dos eventos e reforçaram o compromisso de atuarem juntos na busca contínua de melhores condições a todos. Os presentes tiveram a oportunidade de ouvir as opiniões do Cel Marcos de Oliveira, Comandante Geral em exercício do Corpo de Bombeiros de SC, e o Cel Nazareno Marcineiro, Comandante Geral da Polícia Militar de SC, sobre a importância de se discutir unidos questões corporativas. “A causa de vocês é a minha causa”, afirmou o Cel Marcineiro.
Representando o Governador do Estado, o Cel José Wolny de Souza, transmitiu a mensagem de Raimundo Colombo para os oficiais. De acordo com ele, o governador está preocupado com a remuneração e comprometeu-se a levar às soluções para as instâncias superiores.
Homenagem
Como forma de agradecimento ao apoio dado no Congresso Nacional nas lutas dos oficiais militares, o Deputado Federal Gean Loureiro foi homenageado na solenidade de abertura. Recebendo uma placa com o desenho de uma espada das mãos do presidente da FENEME, ele destacou que está trabalhando com muito orgulho nessas causas. “É gratificante trabalhar com instituições que buscam causas nobres, como as dos oficiais militares”
Jair Soares fala sobre Previdência
Jair Soares, ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro da Previdência Social comandou a primeira palestra do dia, que teve como tema o “Regime próprio de Previdência dos Militares Estaduais”. De acordo com ele, o governo manipula os números para fazer a opinião pública crer que a Previdência é deficitária. “Culpar os servidores públicos é algo com que não concordo”.
Deputado Mendonça Prado destaca a necessidade de participação política das Polícias Militares
O Deputado Federal Mendonça Prado, presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, chamou a atenção dos participantes em sua palestra para a necessidade de uma maior efetiva participação política dos policiais militares.
“Muitas vezes se evita falar sobre política, mas é necessária a participação de vocês no âmbito legislativo para que possamos melhorar as condições de trabalho e as leis, indo em busca dos seus direitos e garantias. Temos que acabar com essa aversão porque quando há a integração entre as polícias e os legisladores, os objetivos são alcançados”, destacou.
O deputado também comentou sobre a Proposta de Emenda à Constituição com o objetivo de criar o Fundo Nacional de Valorização do Profissional de Segurança Pública. De acordo com o texto do projeto, a ideia é reajustar o percentual de distribuição dos recursos com impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR) e sobre produtos industrializados (IPI) em 53%, destinando 5% destes valores ao FNSP para financiamento da segurança e para remuneração dos profissionais da área. “Seria equivalente a pouco mais de R$ 40 bilhões, sendo suficiente para criar uma nova política de segurança pública”, afirmou.
Atualmente, não há regulamentação fixa do envio de recursos. “Tudo é feito na base do amadorismo e nessa área precisamos ter uniformidade, principalmente no que diz respeito à remuneração”, explicou, citando que o aumento de investimentos na segurança é algo imprescindível e urgente, uma vez que a segurança é tema de maior preocupação para a sociedade brasileira.
Painel aborda subsídio para os militares estaduais
Um painel abordou o subsídio para os militares estaduais. Presidida pelo Cel RR Elizeu Furquim, do Paraná, representantes da Polícia Militar dos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e do Paraná trouxeram suas experiências em relação ao tema.
O Ten Cel Cláudio Roberto Monteiro Ayres, de Mato Grosso do Sul, classificou como negativa a implantação do subsídio naquele Estado, principalmente porque o mesmo foi imposto.
Já o Ten Cel Marcelo Amado da Silva, de Goiás, apontou as mudanças advindas com o subsídio como positivas.
Por último, o Major Alex Erno Breunig, do Paraná, onde o subsídio não foi implantado, trouxe sua opinião sobre o tema.
Chefe da Polícia de Chicago fala sobre exames toxicológicos
Militares de todo o País tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o trabalho da Polícia de Chicago nesta sexta-feira (10). O americano Wayne Hovland esteve em São José no XI Encontro Nacional de Entidades Militares e no V Encontro de Oficiais Militares de SC, evento que reuniu cerca de 300 oficiais militares para discutir assuntos de interesse da classe, como remuneração e previdência.
Durante sua palestra, Wayne Hovland falou sobre sua experiência no combate ao uso de drogas por policiais, um problema grave que atinge muitas corporações em todo o mundo. De acordo com ele, uma das principais formas de combater o início do uso de drogas pelos profissionais é por meio do exame toxicológico, item que passou a ser incluído, há alguns anos, nos editais de concurso de diversas Policiais e Bombeiros do País, com resultados eliminatórios.
Para o americano, a maneira mais segura e eficiente de se combater esse problema é por meio do teste toxicológico pelo fio de cabelo, que não pode ser alterado e modificado, como o de urina, e retroage por até 90 dias. “A coleta do cabelo também é menos constrangedora, limpa e rápida do que a de sangue ou de urina”. Além disso, não é perecível, e pode ser enviado via correio para o laboratório”.
Para ele, esse tipo de exame influencia também na decisão de um policial ou bombeiro que se vê diante de uma situação de dúvida entre usar ou não uma droga. “Se ele tem consciência de que esse exame é feito esporadicamente, com certeza não vai tomar a decisão de usar. Ou seja, a ameaça de um teste de drogas como esse pode impedir “que nasçam” possíveis futuros usuários. Além disso, também faz um usuário desistir de se tornar policial ou bombeiro, quando sabe da existência do teste”, explicou, ressaltando que naquele país, ao contrário do Brasil, esses exames não são somente feitos na admissão, mas sim durante toda a carreira.
Ele acrescentou que qualquer programa de testes de drogas deve incluir dois elementos essenciais: uma política que explica as conseqüências de um teste positivo e um componente de formação que se comunica aos empregados informações sobre os sinais e sintomas do abuso de drogas ou álcool.
ASSEMBLÉIA DA FENEME
Na tarde de sexta-feira dia 07/10, houve a assembléia geral da FENEME onde foram abordados assuntos referentes as entidades federadas.
Também ficou definido na assembléaia o próximo ENEME, o 12°, que será realizado na primeira quinzena de março de 2011 na cidade de Salvador – BA.
O 12° ENEME será organizado pela Associações de Oficiais da Bahia, entidade presidida pelo Ten CeL PMBA EDMILSON.
Fonte: ACORS