Senador crê que Brasil não está preparado para desmilitarização da polícia

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O BRASIL AINDA NÃO ESTÁ PREPARADO PARA A DESMILITARIZAÇÃO DA POLÍCIA. A OPINIÃO É DO SENADOR SERGIO SOUZA, DO PMDB DO PARANÁ. 



A MUDANÇA NA FORMAÇÃO DOS POLICIAIS FOI DEFENDIDA NOS PROTESTOS DE RUA EM 2013 E TEM O APOIO DA PRESIDENTE DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO. REPÓRTER NILO BAIRROS: 



(Repórter) As denúncias de agressão e outros abusos por parte de policiais levaram muitos brasileiros a pedir nas ruas punição aos PMs envolvidos e mudanças na formação desses profissionais. Representantes da classe artística reforçaram a reivindicação a partir do suposto envolvimento de policiais na morte do pedreiro Amarildo, no Rio de Janeiro. E a presidente da Comissão de Direitos Humanos, senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, deu voz ao movimento em plenário, ao pedir, no final do ano, uma polícia diferente: 



(Ana Rita) O que estamos discutindo é uma formação diferenciada, cidadã, uma mudança cultural e institucional na forma de atuar das polícias, ou seja, um tipo de polícia que fará tanto o policiamento ostensivo, a prevenção quanto o trabalho investigativo, de inteligência.



(Repórter) Mas, para o senador Sérgio Souza, que é o relator do projeto que muda a lei de execução penal, o país não está preparado para lidar com essa mudança. O senador reconhece que as operações de inteligência devem ser priorizadas, mas acredita que a separação de papéis das polícias militar e civil deve ser mantida. Além disso, Sergio Souza defende o policiamento ostensivo como forma de intimidar criminosos: 



(Sergio Souza) Tudo tem o seu tempo, o Brasil não está preparado para a desmilitarização e nem para a unificação. O militar, o fardado, da polícia ostensiva, aquela que vai ao bairro com a viatura, sirene ligada, isso inibe a criminalidade, acho que nós precisamos dar melhores condições para nossos policiais, civis e militares, e dar mais aparato, principalmente na investigação. 



(Repórter) Como relator do projeto que vai definir as novas regras para o cumprimento das penas nos presídios, Sergio Souza afirmou que o sistema de segurança pública no Brasil é caótico e pediu a atualização dos códigos penal e de processo penal. A reforma do Código Penal está em análise no Senado e teve o texto aprovado em dezembro na Comissão de Constituição e Justiça. Já o novo Código de Processo Penal foi aprovado em 2010 pelo Senado e encontra-se na Câmara dos Deputados.

Nilo bairros.

http://www.senado.gov.br/noticias/radio/programaConteudoPadrao.asp?COD_TIPO_PROGRAMA=4&COD_AUDIO=517415