FENEME PARTICIPA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS – VEJA COMO FOI

Notícias

13/11/2012 13:35

Comissão de Segurança Pública discute violência em São Paulo

 
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado promove audiência pública nesta tarde sobre a crise na segurança pública do País, em especial em São Paulo. Apesar de ter índices decrescentes de homicídios há 11 anos, o estado assiste agora ao crescimento dos homicídios, sobretudo de policiais. Foram 90 policiais assassinados desde o início do ano.

As autoridades paulistas acreditam que muitos homicídios têm sido ordenados pela organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A organização já foi responsável por uma grande rebelião nos presídios paulistas em 2001 e uma onda de violência em 2006. Hoje, acredita-se que a maior parte de seus líderes está presa, mas de dentro das prisões eles estariam comandando os atos de violência.

A reunião foi solicitada pelos deputados paulistas Vanderlei Siraque (PT), Delegado Protógenes (PCdoB) e Alexandre Leite (DEM). Para o deputado Protógenes, é preciso reforçar a ação coordenada que só nesta semana começou a ser implementada entre o governo federal e o estadual.

“É muito preocupante. A cada dia que passa sem uma ação concreta nos três níveis de poder, de uma forma integrada, sem uma ação coordenada, não vamos conseguir solucionar o problema de São Paulo”, afirmou Protógenes.

Gastos da prefeitura
Em visita à Câmara hoje, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse que o governo municipal vem contribuindo para a redução dos índices de violência na cidade. Ele citou especificamente os gastos da prefeitura com a modernização dos equipamentos do setor.

Além disso, segundo Kassab, os policiais militares passaram a trabalhar em suas horas de folga, com ganhos adicionais no salário. A medida, de acordo com o prefeito, diminui os conhecidos “bicos” em instituições privadas. “O objetivo dessas iniciativas é contribuir com o estado. A prefeitura tem responsabilidade com o País e tudo o que estiver ao nosso alcance será feito”, afirmou.

Convidados
Foram convidados para o debate representantes do Ministério da Justiça; da Superintendência da Polícia Federal no Estado de São Paulo; e da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Por enquanto, apenas o coronel Elias Miller, representante da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme), confirmou presença.

A reunião será realizada a partir das 14 horas, no Plenário 6.

*Matéria atualizada às 13h31Fonte: Agência Câmara.

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13/11/2012 18:20

Com 93 policiais mortos, situação em SP é de guerrilha urbana, diz coronel

 

 

“Quando eu quero causar terror no Estado, eu ataco seus representantes, como é o caso dos policiais”. A declaração foi dada pelo representante da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais, coronel Elias Miller.

O coronel participou de audiência pública da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, encerrada há pouco. Referindo-se aos 93 policiais assassinados desde o começo do ano em São Paulo, Miller classificou a escalada da violência na capital paulista como “guerrilha urbana”.

Para Elias Miller, não será possível vencer essa guerrilha sem o envolvimento da sociedade. “Mas se a sociedade está falida, a lei é violada. Com isso, sobra para a polícia resolver os problemas, mas a polícia não recebe os investimentos necessários para que atue como deve”, avaliou, ao destacar que os investimentos federais e estaduais em segurança pública vêm diminuindo gradativamente.

Segundo o presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Efraim Filho (DEM-PB), as verbas para segurança pública no Orçamento da União caíram de R$ 9,2 bilhões em 2012, para R$ 7,1 bilhões em 2013.

Para Elias Miller, se não houver investimentos na polícia, capacitação dos policiais e uma legislação eficaz, a situação da violência em São Paulo e no Brasil não vai melhorar.

O coronel defendeu ainda a reformulação do modelo de atuação das polícias federal, civil e militar, que atualmente tem atribuições diferentes. Segundo ele, é necessário que as forças policiais atuem de forma integrada para melhorar a segurança pública no País.

Fonte: Agência Câmara